Love CT

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Como nasceu a ONG?

Em 2005 nos reunimos afim de que essa união nos fortalece-se para seguirmos acreditando no sonho da skatelife  e como não tínhamos o domínio da escrita para iniciar a produção de um livro aproveitamos que já possuímos uma câmera de vídeo e optamos por filmagens que tinham como propósito o lançamento de um filme para contar a nossa história através do nosso estilo de vida, éramos em 5 jovens moradores de Cidade Tiradentes skatistas desde a infância e que ao longo dos anos nos vimos como os últimos representantes do skate local em atividade diária no bairro naquele momento, em 2010 lançamos o Love CT Revolução Periférica 2010 (   ) após o lançamento do filme que conta com partes de Denis Silva , Daniel Feitosa, Celo Martins , Anderson Lucas , Elton Melonio e amigos, Nos conectamos ainda mais com skatistas de periferias distantes da nossa e que viviam a mesma realidade e se motivaram e se inspiraram em correr atrás dos seus sonhos entendo que dali em diante nos havíamos provado ser possível fazer filmes de skate na periferia do Brasil, com isso nós pensamos em repassar as crianças do bairro tudo que o skate havia nos proporcionado por meios de aulas e rodas de conversa. 

 

Porque fazer a ONG?

A necessidade de fazer a Ong se deu quando percebemos que o skate poderia também apresentar outras áreas para as crianças e jovens carentes além do afeto e lazer mas também a Cultura provinda do estilo de vida, Skate Arte e Cultura, a ideia de fazer a Ong passa também por estar organizado em meio a sociedade civil para cobrar e apresentar reivindicações junto ao poder público e demais interessados. 

O que te levou a criar a ONG?

Após a divulgação do filme e na repercução positiva Em Cidade Tiradentes fomos direcionados a iniciar a construção de uma nova geração de skatistas locais entendo que as raizes não poderiam ser perdidas, desde o final dos anos 70 possui relatos de skate sendo praticado em um dos bairros que compõe hoje a Cidade Tiradentes bairro esse que possui 12 pistas de skate construídas pelo poder públicos e as demandas são grandes nas periferias , estar organizando enquanto Ong nos possibilita em um futuro próximo receber patrocínios privados e criar vínculos com o poder público através de convênios e acesso a editais de fomento ao esporte e a Cultura. 

 

Qual tua área de atuação?

Trabalhamos com Skate, Arte e a Cultura provinda do nosso estilo de vida, onde conectamos o skate aos aspirantes a skatistas todas as boas práticas que o skate nos proporciona, entendemos que o skate para nos periféricos nos serve como um escudo protetor  e que nos livre da invisibilidade, nos faz sonhar e nos ensina a aprender todos os dias.  A nossa formação enquanto educadores sociais se dá em nosso caminho e trabalho intenso na comunidade. 

Quantas pessoas atinge? E quantas já atingiu?

Frequentam as aulas oferecidas em nosso projeto 50 crianças todas as semanas mas nesses últimos 10 anos já atendemos mais de 10 mil jovens com as ações externas em escolas públicas e eventos abertos ao público realizado por grandes empresas. 

Qual tua maior vitória? E a maior derrota?

Perdemos nossos jovens todos os dias nesta guerra sem fim contra o tráfico de drogas e abandono das periferias, as nossas vitórias é quando percebemos a transformação através do skate e do trabalho social que oferecemos, ver jovens deixando as drogas, tráfico, vício em álcool, voltando aos estudos ou cursando a universidade são momentos incríveis, em nossas aulas a leitura é sempre presente e inclusive presenciar crianças aprendendo a ler porque decidiu um dia sair de casa para aprender andar de skate não tem preço. 

Quem te ajudou bem la no começo? Teu primeiro “patrocinador”.

Temos uma grande gratidão ao movimento cultural da zona Leste e ao movimento negro unificado que sempre esteve ao nosso lado lutando para que nos mantivéssemos no mesmo caminho, patrocinadores ainda não tivemos e entendemos que sofremos uma opressão territorial onde muitas empresas atuam no local e nenhuma oferece ajudas. 

Quais a principais dificuldades encontradas no inicio, e hoje?

Das maiores dificuldades sem dúvidas a falta de apoio financeiro é a que coloca a periferia como lugar de sofrimento, em bairros carentes deveríamos ter 01 projeto para cada pessoa, desde o início até hoje as famílias que acompanhamos estão em um nível de pobreza muito grande, neste contexto as violências contra as mulheres e crianças são em níveis assustadores. 

O que você espera do skate pós olimpiadas?

A popularidade do skate fez ele chegar aos  mais conservadores, nas periferias ha muitos anos o skate vem salvando vidas e tirando milhares de praticantes da invisibilidade, a cultura do skate ocupa lugares e forma pessoas de destaque mundial ao longo dos tempos poderia aqui citar vários, para o skate o crescimento enquanto esporte será incrível mas por outro lado nas periferias ele continuará onde está exceto o número de praticantes que não para de crescer. 

Do que a ONG sobrevive?

A Love CT sobreviveu todos esses anos de muita caridade e afeto, o amor a Cidade Tiradentes não está apenas em nosso nome e bandeira mas, também está em nossas ações e dia a dia, assim como todas as ONGs deveríamos sobreviver de doações e parceiras mas infelizmente essa não é a nossa realidade, sobrevivemos do nosso próprio esforço pessoal para não abandonarmos os filhos carentes das comunidades assim como fomos abandonados neste caminho até os dias de hoje. 

 

Por fim, como fazer pra entrar em contato, Para ajudar ?

Para nos ajudar doe : Associação Love CT inclusão e Resgate 

Cnpj / Pix : 36749112000197

Agência: 0994 

Conta corrente: 130012887

Banco Santander.

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