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ONG Social Skate, em Poá, foi a primeira a instalar os obstáculos, que já estão sendo testados por mais de 150 crianças e adolescentes
Na capital, a ASRP “Prafinha”, a Quadrespra “Quadrinha Espraiada” e CDB Arena Radical receberão os obstáculos da pista do Ginásio do Ibirapuera
Além do legado social, evento movimentou a economia da capital, atraindo turistas para o evento
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| ONG Social Skate, comandada por Sandro Testinha, já está usufruindo dos obstáculos doados pelo SLS Super Crown (Crédito /Divulgação) |
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São Paulo, março de 2025 – Assim como foi nas duas edições anteriores (2022 e 2023), os obstáculos da pista do SLS Super Crown World Championship do ano passado deixarão um legado que impactará positivamente os skatistas da região metropolitana de São Paulo. Corrimãos, hubbas, caixotes, bancos, entre outros, da pista construída no Ginásio do Ibirapuera, em dezembro de 2024, foram doados para quatro locais do Estado de São Paulo que trabalham com projetos que utilizam o skate como ferramenta de inclusão social e envolvem milhares de crianças e jovens apaixonados pela modalidade: ONG Social Skate (Poá), Associação de Skate, Esporte, Cultura, Arte e Lazer “Prafinha” (bairro Real Parque), Quadrespra “Quadrinha Espraiada” (Vila Congonhas) e Clube da Comunidade Arena Radical (Vila Olímpia).
"O legado que a SLS tem deixado no Brasil mostra como os grandes eventos podem alcançar positivamente a comunidade do skate como um todo. A doação dos obstáculos para lugares como a Prafinha, a Quadrinha Espraiada, a ONG Social Skate e tantos outros beneficia toda a comunidade de skatistas que frequenta esses picos tradicionais, inclusive os projetos sociais que atuam nesses locais. Que após o Super Crown de 2025 possamos, ainda, ampliar mais esse impacto", Eduardo Dias, presidente da Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk).
Manobra do bem – Além de o esporte ser uma ferramenta poderosa para transformar vidas, proporciona inclusão social e, desta forma, o skate e seus ídolos têm causado um impacto significativo e abrem fronteiras. Das quatro pistas que serão beneficiadas pelas doações, a ONG Skate Social (@ongsocialskate) já está usufruindo de parte dos corrimãos, hubbas e banco recebidos.
Há 34 anos no skate, Sandro Testinha comanda a ONG desde 2011, ao lado da ex-esposa, a pedagoga Leila Vieira, que atende a 150 crianças e adolescentes (entre 6 e 17 anos) de Poá, cidade no estado de São Paulo. Mas diferentemente de outros lugares eles ainda não têm uma pista, mas sim uma quadra poliesportiva que foi adaptada com rampas. “Levar o skate a todos, independentemente da condição financeira, sempre foi o nosso objetivo. Além do benefício para montarmos um novo circuito, esses obstáculos chegaram para somar e melhorar nossa estrutura. E receber esses obstáculos da liga de skate mais conhecida do mundo, a SLS, nos dá mais visibilidade para sermos vistos e pleiteamos mais recursos também para seguir com nosso trabalho”, ressalta Testinha.
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| Testinha e Rayssa Leal (Crédito @mavo.co), que visitou a ONG em Poá às vésperas da conquista de seu terceiro título da SLS (Crédito Justin Crawford) | |
Rayssa Leal visitou a sede do Skate Social pouco dias antes do Super Crown 2024 e foi um acontecimento para a ONG, sobretudo para as meninas que se inspiram na tricampeã da SLS. “Era para ser uma menina de origem humilde, nordestina e uma fada como a Rayssa para ser a primeira campeã mundial a visitar nosso projeto. Esse acesso a um ídolo é primordial e ela nos possibilitou isso e ficará marcado na nossa história, apenas dois dias antes de ser tricampeã. Rayssa é diferenciada”, finaliza Testinha que iniciou o trabalho social dando aulas de skate na Fundação CASA (antiga Febem), que durou 11 anos.
Impacto econômico e o incentivo ao skate em SP - Segundo um levantamento do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET) da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, em dois dias (14 e 15/12), o SLS Super Crown injetou mais de R$ 23 milhões na economia da cidade. Com um público recorde de 16,5 mil pessoas, entre eles, muitos vindos de outros estados e países, o evento movimentou a rede hoteleira, bares, restaurantes, a área de transportes e outros serviços, impulsionando o ecossistema de turismo da capital.
Pedro Dau de Mesquita, sócio e diretor executivo da V3A, empresa que representa a SLS no Brasil, afirma que esses números explicam o êxito do evento que a cada edição supera expectativas “O sucesso do evento é refletido não só pelo impacto econômico, mas também pelo crescimento da cultura do skate no país. Nosso objetivo é continuar promovendo iniciativas que fortaleçam a modalidade e beneficiem a comunidade", destaca.
Para Helena Reis, Secretária de Esportes do Estado de São Paulo, as portas do Ginásio do Ibirapuera estarão sempre abertas à SLS. "Receber um evento do porte do SLS Super Crown por dois anos seguidos, em nosso estado e dentro de um equipamento administrado pela Secretaria de Esportes, é motivo de imenso orgulho. Pudemos testemunhar os melhores atletas do Skate Street do mundo em uma arena espetacular. O fato de termos atletas na vanguarda desse esporte, como a tricampeã Rayssa Leal, contribui na captação de novos fãs. São Paulo respira esporte e tem forte influência na cultura do skate no cenário nacional", afirma.
A Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo também fomenta a modalidade e, desde janeiro de 2023, vem construindo pistas e reformando as já existentes. Há expectativa de que o skate faça sua estreia nos Jogos Abertos 2025 e outro projeto tem a intenção de levar modalidades olímpicas para escolas públicas e incentivar futuros atletas. "A SLS em São Paulo foi um sucesso de público e crítica. O que se viu naqueles dois dias foi a fotografia da consolidação da cena do skate no país. O skate é tendência, uma modalidade com grande margem para prosperar, e a Secretaria de Esportes cumpre o seu propósito em oferecer espaços apropriados à prática esportiva em todo o estado. Em dois anos investimos R$7,3 milhões na entrega de 37 pistas em 36 municípios, todas abertas ao público e gratuitas”, completa Helena Reis.
Sustentabilidade e reuso de materiais – Para a montagem da pista no Ginásio do Ibirapuera, foram necessários apenas seis dias e o trabalho de uma equipe de execução bem preparada e que entende de skate. O arquiteto e skatista Daniel Oristanio, da California Skateparks, foi responsável por mais uma pista da SLS no Brasil. “Em eventos da SLS que não são com pistas permanentes buscamos aproveitar ao máximo os materiais, seja para reciclagem ou reutilização para outros projetos. Aproximadamente 70% dos materiais e obstáculos são reutilizados ou doados como está acontecendo agora”, afirma Oristanio. “No caso do Ibirapuera utilizamos quase 30 metros cúbicos de concreto usinado, que pode ser reciclado para obras de infraestrutura”, diz o arquiteto que constroi pistas mundo afora há mais de uma década e, no Brasil, assinou as pistas do Super Crown (2024, 2023 e 2022).
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| Aproximadamente 70% dos materiais e obstáculos da pista do SLS Super Crown são reaproveitados e doados (Crédito Dan Pellicciari) | |
Pelo terceiro ano consecutivo, o SLS Super Crown World Championship é realizado pela AEESB (Associação Educacional Esportiva e Social do Brasil), em parceria com a V3A, agência que representa a SLS no Brasil.
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